Viver Virtual

A longa jornada por dentro de mim, minhas expressões e coisas que aprecio.

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Mulher, o sexo nada frágil.

Northern Song Dynasty

Hoje é comemorado em todo o mundo o Dia Internacional da Mulher. Eu me pergunto: Há mesmo o que comemorar? Sim, claro que sim… E muito! Todas as mulheres ao longo da história lutaram por dignidade e sociedades mais justas e iguais. Lutaram contra a quase escravidão das longas horas de trabalho nas fábricas, onde protestavam sobre más condições e baixíssimos salários (recebiam até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho).

As mulheres vêm consquistando cada vez mais seu espaço de direito. E atos como o do Presidente Obama de assinar uma lei (antes vetada pelo Presidente Bush) que busca igualar os salários entre homens e mulheres, demonstra que desigualdade salarial já devia ser um assunto pra ficar no passado.

Por outro lado, o feminicídio ainda acontece em lugares do mundo como Juárez (México) e no Congo:

“Os crimes contra o corpo da mulher já são horríveis por si. No entanto, há que acrescentar o seguinte: por causa de uma superstição que diz que se um homem viola mulheres muito jovens ou muito idosas obtém poderes especiais, meninas de menos de doze anos de idade e mulheres de mais de oitenta anos são vítimas de violação. Também há que acrescentar as violações das mulheres à frente dos seus maridos e filhos. Mas a maior crueldade é a seguinte: soldados seropositivos organizam comandos nas aldeias para violar as mulheres, mutilá-las… Há relatos de centenas de casos de fístulas na vagina e no recto causadas pela introdução de paus, armas ou violações colectivas. Estas mulheres já não conseguem controlar a urina ou as fezes. Depois de serem violadas as mulheres são também abandonadas pela sua família e a sua comunidade.”

Sem falar nas mulheres assassinadas aqui mesmo no Brasil, todos os dias, por seus próprios maridos ou companheiros.

Fatalidades como essas, por si só já são dramáticas o bastante para encarar com naturalidade. E nesse cenário, pra piorar, ainda surge um bosta de arcebispo pra querer tirar direitos básicos de uma menina de 9 anos. O que a igreja católica sonha que é? (Assunto para outra oportunidade).

Concluo que por atos como esses ainda há muito por conquistar, mas se engana quem pensa que isso é uma luta só para o sexo feminino.

Somos todos iguais, – homem ou mulher – cada um com seu papel importante na vida. Pra que diferenciar? Por que reprimir, torturar, violar? Anseio cheguar o dia em que esta data não precisará mais ser comemorada, pois não existirá mais diferenças entre nenhum ser humano.

Termino este post de uma forma mais amena: parabenizando em silêncio todas as mulheres que conheço, que ainda vou conhecer e as que gostaria de felicitar. Enfim, todas desse mundo que tem uma alma guerreira e forte. O mundo também é de vocês.

De um lado este carnaval, de outro a fome total.

Não, eu não faço parte de nenhuma ONG, nem sou membro do PETA, nem faço muitas ações solidárias com o próximo (inferno, me espere).

Mas, sempre que chega o carnaval, essa frase do título do post vem á minha cabeça. Muita gente acha que sou contra o carnaval. Mas, sinto decepcionar estas pessoas: Não sou! Se elas gostam da ilusão que tudo é maravilhoso nesses 4 dias, boa sorte! Quem sou eu pra dizer o contrário? Só não gosto de ver a cidade que praticamente nasci virar banheiro, lixão e motel.

Não quero me aprofundar nisso nem perder o foco deste texto, então: Por acaso, vocês já ouviram falar na “Festa do Tomate” (La Tomatina) que ocorre “tradicionalmente” na Espanha todo ano?

É uma festa onde as pessoas atiram umas nas outras toneladas de tomate. E fazem isso desde 1945 em Buñol, cidade na província de Valência. Deve ser emocionante, pois os relatos são:

“Foi ótimo, excelente, fantástico. É como em um concerto de rock, você entra no ritmo e apenas continua. As ruas ficaram parecendo um imenso rio vermelho”.

Esse tipo de festival atrai milhões de pessoas, de toda a parte do mundo: Japão, Austrália e Estados Unidos. Tudo isso no intuito de fazer “guerra de comida” durante uma hora.

Eu fico pensando: Se as pessoas do mundo todo se juntassem dessa forma para tentar mudar o destino de muitos – não importando se são boas, ruins, solidárias ou não – Tudo poderia vir a ser diferente. Enquanto milhões de pessoas morrem de fome na África, onde crianças nem sequer tem forças pra ficar de pé, outros milhões de desgraçados desperdiçam tomates por diversão.

Tem certas coisas que eu não entendo. E acho que jamais entenderei. E outras que eu jamais gostaria de saber.

Posso ser acusado de hipocrisia por causa deste post. Se for o caso, não tenho medo disso. Tenho minhas idéias muito bem formadas sobre isso. Acusações de chatice e dono da razão, mesmo que equivocadas, já ouvi bastante.

P.S: Antes de morrer farei parte de uma ONG, simpatizo bastante com o PETA e a solidariedade com o próximo eu deixo pra quem merece.

Hello world!

Quando estamos aprendendo uma nova linguagem de programação, os tutoriais geralmente ensinam primeiro: escrever na tela Hello world! (Olá, mundo!). Como trabalho nessa área, achei que seria um bom título para começar.

Começar o que? A longa jornada por dentro de mim, minhas expressões e coisas que aprecio, em forma de textos, imagens e vídeos.

E, como um apaixonado por música, devo colocar “reviews” muito pessoais por aqui. Impressões tímidas sobre filmes também podem dar as caras. Assim como o virtual mundo dos games.

Tento não definir muito (pra mim mesmo), o que vou postar aqui. Definições são chatas e podem me limitar demais. Odeio limitações. Isto aqui pode se transformar num hobby ou em uma válvula de escape: Futilidades à vista.

Gostaria de terminar esse post inicial, agradecendo aos amigos que me deram algum tipo de incentivo, força e meios para criar este espaço. Principalmente para: Caio, Izabelle e Rebeca. Esta última, após uma conversa que tivemos, me ajudou bastante com o nome deste blog.

Meus sinceros agradecimentos a cada um deles.

E… pra terminar, já que o assunto é começo, coloco o vídeo da música que inicia o maravilhoso álbum Ask Me Tomorrow, do Mojave 3.

Acho que foi um bom início.